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Inclusão em Saúde: um caminho estratégico e possível para o Brasil

2 de dezembro de 2025

Autor: Marcelo Alvarenga | Sobre o autor: Clique aqui.

Texto baseado no Relatório Health Inclusivity Index – Brazil Roadmap (Economist Impact, 2025)

[Link para o relatório completo (em inglês): https://impact.economist.com/projects/health-inclusivity-index/country-insights/brazil/roadmap?topic=health-literacy

Por que investir em Equidade, Alfabetização em Saúde e Participação Comunitária são o caminho para transformar o Cuidado Centrado na Pessoa?

Imagine um país onde a Saúde é, por lei, um direito de todos. Agora, imagine que, nesse mesmo país, o lugar onde você nasce, a cor da sua pele ou a sua renda podem definir se esse direito
realmente chega até você.

Parece familiar?

Pois é. Este não é um “achismo”. É o retrato do Brasil revelado em um estudo aprofundado do Economist Impact, uma das análises mais respeitadas do mundo. Em um ranking de 40 países, ficamos em 17º lugar quando o assunto é Saúde inclusiva. Estamos no meio do caminho, mas a verdade é que, para
um país com o SUS, essa posição tem um gosto amargo.

Fonte: https://impact.economist.com/projects/health-inclusivity-index/country-insights/brazil/roadmap?topic=health-literacy

No Brasil, a Saúde é um direito constitucional. No entanto, entre o que está na lei e o que se vive na prática, existe um abismo que ainda exclui milhões de pessoas do
acesso a cuidados equitativos, seguros e acolhedores. O relatório Health
Inclusivity Index – Brazil Roadmap (Economist Impact, 2025) lança luz sobre
os principais desafios e caminhos para ampliar a Inclusão em Saúde no país. Os dados mostram que não basta oferecer atendimento, é preciso garantir acesso real, linguagem compreensível, cuidado culturalmente sensível e protagonismo
das comunidades.

Na ConectaExp, acreditamos que Inclusão em Saúde não se faz apenas com tecnologia ou infraestrutura. Ela se concretiza quando o Cuidado é Centrado nas Pessoas.

E isso exige investimento em alfabetização em saúde, fortalecimento do SUS,
valorização das equipes e atuação conjunta entre gestores, profissionais,
pacientes e comunidades.

Alfabetização em Saúde: muito além da informação, é sobre empoderamento

Segundo o relatório, a Alfabetização em Saúde é um dos pilares para reduzir
desigualdades. Programas como o Saúde nas Escolas (PSE) e o Brasil
Alfabetizado têm papel fundamental na promoção da equidade. Crianças,
jovens e adultos mais informados tomam decisões melhores sobre sua saúde,
previnem doenças e ajudam a disseminar conhecimento dentro das famílias.


Fonte: https://impact.economist.com/projects/health-inclusivity-index/country-insights/brazil/roadmap?topic=health-literacy

Organizações da sociedade civil como o Centro de Promoção da Saúde (CEDAPS) e as Ações de Mulheres pela Equidade (AME) também têm se destacado no combate à desinformação e no apoio a comunidades vulneráveis, especialmente nas periferias urbanas, quilombos e favelas.

Desafio central: O país ainda enfrenta grandes desigualdades
educacionais e uma profunda divisão digital, que afeta milhões de
brasileiros sem acesso à internet de qualidade, dificultando o uso de
plataformas de telemedicina ou aplicativos de saúde.

O abismo digital é real, enquanto em São Paulo uma teleconsulta está a um clique de distância, em muitas partes do Nordeste, onde metade da população não tem
internet, essa é uma realidade distante. E onde a informação de qualidade
não chega, a desinformação faz a festa.

Acesso ao cuidado: universal no papel, desigual na prática

O SUS cobre 75% da população brasileira, mas o acesso continua desigual. Há uma concentração de hospitais privados nas regiões mais ricas e escassez de
serviços em zonas rurais, regiões Norte e Nordeste e periferias urbanas.

Pacientes chegam a percorrer mais de 1.000 km para conseguir atendimento especializado.


Fonte: https://impact.economist.com/projects/health-inclusivity-index/country-insights/brazil/roadmap?topic=health-literacy

Mesmo assim, o SUS mostra força. Programas como a vacinação universal, a redução da mortalidade infantil e o acesso gratuito para imigrantes e refugiados são exemplos de impacto positivo.

Por outro lado, a fragmentação da rede, o subfinanciamento crônico e a corrupção
dificultam a sustentabilidade do sistema. Para seguir adiante, será necessário
mais integração entre os níveis de atenção, maior transparência e investimento
contínuo.

Comunidades como protagonistas do cuidado

O relatório destaca o papel estratégico da Estratégia Saúde da Família (ESF) como modelo transformador de Atenção Primária. Com mais de 2,9 milhões de visitas domiciliares por ano, a ESF reduz hospitalizações evitáveis e melhora desfechos clínicos de saúde, especialmente entre populações de baixa renda.

Além disso, programas de equidade racial e de gênero e parcerias com comunidades religiosas fortalecem a confiança no sistema e promovem um cuidado mais humanizado.


Fonte: https://impact.economist.com/projects/health-inclusivity-index/country-insights/brazil/roadmap?topic=health-literacy

O alerta vem da política: cortes de orçamento, descontinuidade de programas

como o Mais Médicos e o Farmácia Popular revelam a fragilidade das políticas
públicas frente a instabilidades políticas.

Oportunidades: onde precisamos agir agora

O relatório propõe ações concretas para governos, profissionais, instituições
privadas e sociedade civil:

✔ Fortalecer a alfabetização em saúde nas escolas
✔ Reduzir o abismo digital com conectividade e combate à desinformação
✔ Garantir financiamento sustentável e integração dos serviços do SUS
✔ Expandir a Estratégia Saúde da Família para mais regiões urbanas e semiurbanas
✔ Criar parcerias com grandes empregadores e organizações comunitárias para levar cuidado onde o Estado não chega.

ConectaExp: por uma saúde realmente centrada nas pessoas

Na ConectaExp, temos a convicção de que só haverá inclusão real em saúde quando o cuidado for cocriado com quem vive as experiências: profissionais, pacientes, familiares e comunidades. Os dados apresentados no relatório apenas reforçam aquilo que já testemunhamos diariamente ao lado de nossos parceiros: equidade, escuta ativa, comunicação clara e valorização das equipes fazem toda a
diferença.

Investir em Experiência do Paciente não é um luxo, é uma necessidade estratégica,
humana e econômica. Não há transformação possível sem confiança, pertencimento e dignidade.

A pergunta que fica é: sua instituição está preparada para ouvir, acolher
e transformar?

Referência:

Health Inclusivity Index – Brazil Roadmap (Economist Impact, 2025)
Leia o relatório completo (em inglês) disponível em: https://impact.economist.com/projects/health-inclusivity-index/country-insights/brazil/roadmap?topic=health-literacy

  • Diagnóstico de Maturidade Institucional em Experiência do Paciente/Humana;
  • Escritório/Programa de Experiência do Paciente/Humana (Planejamento, Implantação e Consolidação);
  • Estruturas para Co-Design (Parceria no desenho da Estratégia, Soluções e Melhorias);
  • Métricas e Gestão de Experiência do Paciente/Humana;
  • Mapeamento e Otimização de Jornadas (Experiência & Eficiência);
  • Programa/Plano de Engajamento Institucional em PX.

Consultoria, Gestão em Saúde e Desenvolvimento de Pessoas.

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  •       Disclosure (Eventos Adversos)
  •       Resgate de Serviço (Reclamações)
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